sábado, 6 de outubro de 2018

Pompeia e o Vesúvio: erupção, sumiço e renascimento.

pintura de pessoas em popeia
O último dia de Pompeia, de karl Bryullov.
Primeiro, a terra tremeu forte, depois o dia se tornou noite e o céu desabou impondo toneladas de cinzas e rochas; por fim, o “magma” selou a existência de uma das mais prósperas cidades do Império Romano 
— Pompeia desapareceu horas após a erupção do vulcão Vesúvio
Construída onde hoje se chama Baía de Nápoles, na Itália, Pompeia era uma cidade romana afortunada. Com terras férteis, clima adorável e banhada pelo Mar Mediterrâneo, a cidade foi um dos destinos favoritos da nobreza do império. Abrigava cerca de 20 mil pessoas aos pés do “monte” Vesúvio.

1. Erupção e desconhecimento do Vesúvio

Em 24 de agosto de 79 d.c. a cidade ainda se recuperava de um terremoto ocorrido em 63 d.c., quando algo desconhecido aconteceu: o Monte Vesúvio cuspiu fumaça.
Na época, nem termo para se referir à atividade vulcânica existia e o acontecimento foi — ao menos inicialmente — encarado com certa tranquilidade. Para o azar dos que viviam no entorno do vulcão, a erupção foi uma das mais violentas já registradas.

2. A fúria sobre Pompeia

Além da fumaça, toneladas de rochas foram expelidas para atmosfera criando uma terrível “chuva” de pedregulhos e cinzas. Tal chuva literalmente enterrou a cidade de Pompeia (e outras) com pelo menos 6 metros de rochas vulcânicas.
Concluindo a catástrofe e “viajando a uma velocidade superior a 120 quilômetros por hora, uma avalanche de cinzas e rochas superquentes, com temperaturas que ultrapassavam os 500º C desceu sobre a cidade”. (LIMA, 2005, p. 31)
Rochas, desabamentos, intoxicações, etc. ceifaram a vida de milhares que acreditaram estar seguros na cidade. O número de mortos em Pompeia é estimado em cerca de 5 mil. Entretanto, quando somado com os de outras cidades, como Herculano Estábias que também sucumbiram, o número pode alcançar 17 mil.

2.1 O relato de Plínio, o Moço

Em Miceno, cidade a 30 km de Pompeia, Plínio, o Moço, registrou o fenômeno que teria durado dois dias através de cartas enviadas ao historiador Tácito. Durante muito tempo o escrito foi posto em dúvida pelas “descrições apocalípticas”, como se destaca:
…O Vesúvio brilhava com enormes labaredas em muitos pontos e grandes colunas de fogo saíam dele, cuja intensidade fazia mais ostensivas as trevas noturnas. O dia já nascia em outras regiões, mas aqui continuava noite, uma noite fechada, mais tenebrosa que todas as outras; a única exceção era a luz dos relâmpagos e outros fenômenos semelhantes”. 

3. O redescobrimento da cidade

Após seu desaparecimento do mundo conhecido, Pompeia foi redescoberta mais de 1.500 anos depois, sendo sistematicamente escavada a partir do século XIX. Incrivelmente, as cinzas e rochas haviam criado uma vedação em torno da cidade, preservando da lava que a arrasaria.

3.1 Pompeia “intacta”

As escavações revelaram que grande parte das casas, templos e edifícios públicos se mantiveram assombrosamente intactos como no dia da catástrofe. Também foram descobertos centenas moldes das vítimas soterradas em cinzas preservando a hora da morte.
O descoberto permitiu seguir a evolução arquitetônica da cidade desde a época em que foi criada até o momento de sua destruição. As fachadas da cidade reproduziam cenas do cotidiano, ao lado dos mosaicos, móveis e objetos de arte.
Foi um dos depoimentos mais completos e emocionantes a respeito da vida na Antiguidade.
ruínas da cidade Pompeia
As ruínas romanas bem preservadas da cidade Pompeia. Créditos: Superintendência do Patrimônio Arqueológico de Nápoles e Pompeia. Curadores do British Museum; vi
Registro do Arco Honorário de Pompeia realizado em 7 de outubro de 2013. 
Créditos: Guido Cozzi. ©Atlantide Phototravel / Corbis. ID: 42-56783299.
Sítio arqueológico de Pompeia. Registro feito em 25 de outubro de 2012. 
Créditos: Michele Falzone. / JAI / Corbis. ID: 42-42979094.

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